TRÁFEGO DIRETO NO GOOGLE ANALYTICS: ENTENDA QUAL A ORIGEM

Tráfego direto no Google Analytics: entenda qual a origem
Tráfego direto no Google Analytics: entenda qual a origem

O Google Analytics é um dos principais parceiros de qualquer profissional de marketing e isso não é segredo para ninguém. Porém saber utilizar essa ferramenta de maneira estratégica, e não só como fonte de dados, exige muito mais conhecimento.

Mais do que um conjunto de números e estatísticas, um bom analista deve saber entender de onde está vindo o tráfego do site, como os usuários estão se comportando e qual é o fluxo de visitas mais comum dentro das páginas, por exemplo.

Porém, como sabemos, o Google Analytics não é uma ferramenta tão simples assim. É muito comum ter dúvidas no momento de entender melhor as métricas e resultados.

Por exemplo, você sabe o que significa o Tráfego Direto do seu blog? Esta é uma das dúvidas mais frequentes que vemos aqui na Rock Content e, por isso, decidimos produzir este conteúdo para tirar essa dúvida de uma vez por todas. Vamos lá?

O que é o Tráfego Direto?

Por definição do próprio Google Analytics (GA), uma sessão direta é aquele tráfego que não tem uma origem muito bem definida.

Ou seja, nem sempre a Analytics consegue identificar qual é a origem real do tráfego do seu site, classificando como Tráfego Direto o que era realmente tráfego de redes sociais ou de anúncios, por exemplo.

Quando acontece uma sessão Direta?

Como padrão, algumas das principais fontes de Tráfego Direto são quando algum usuário digita o domínio do seu site (www.marketingdeconteudo.com, por exemplo) diretamente no navegador ou até mesmo já tinha marcado o seu site na sessão de favoritos do navegador para acessar facilmente.

Entretanto, como já dissemos anteriormente, o Tráfego Direto também engloba uma quantidade de visitas mais ampla, que vai além dessas duas situações mostradas.

Basicamente, as sessões diretas ocorrem a qualquer momento em que o Google Analytics não conseguir identificar outra fonte de tráfego. Algumas dessas situações são:

  • Cliques em links de emails (dependendo do provedor de email do usuário);
  • Cliques em links em Microsoft Office ou documentos PDF;
  • Acessos ao site provenientes de links encurtados (dependendo do encurtador de link utilizado);
  • Cliques em links de aplicativos mobile de redes sociais, como Facebook e Twitter. Aplicativos mobile geralmente não passam informações corretas de origem;
  • Acesso a um site “não-seguro” (protocolo http), vindo de um site “seguro” (protocolo https), já que o site seguro não passa a informação de origem de tráfego para o site não-seguro. Por exemplo, se alguém clica em um link na página https://empresa1.com para ir para uma página http://empresa2.com, o GA da empresa 2 vai mostrar essa sessão como Tráfego Direto;
  • Campanhas em redes sociais, email marketing, anúncios pagos, ou qualquer outra forma de linkagem em que a URL não está com os parâmetros de origem definidos corretamente podem ser lidos como Tráfego Direto;

Experimento sobre o Tráfego Direto

Um experimento interessante foi feito pela empresa Groupon para entender qual era o percentual de sessões que eram lidar como Tráfego Direto mas, na verdade, eram provenientes de Tráfego Orgânico.

Foi feito um teste em que os responsáveis pelo site utilizaram o Google Search Console para “desindexar” o site do Google por algumas horas, ou seja, o domínio não apareceria quando os usuários fizessem alguma busca, mesmo quando as páginas do site já estivesse indexando nas primeiras posições.

A conclusão do experimento foi de que cerca de 60% do Tráfego que o GA lê como Direto é, na verdade, Tráfego Orgânico que não foi interpretado corretamente pelo Analytics — tendo como base apenas páginas de URLs longas.

Este é um teste muito ousado e extremo, por isso, não recomendamos que você faça isso no seu site. Porém, podemos utilizar esse experimento como uma base de comparação.

Para saber mais sobre o experimento e as metodologias utilizadas, leia aqui o relato completo de Gene McKenna, Diretor de Produto da Groupon.

Como consertar a leitura do seu Tráfego Direto

Como você já pode perceber até agora, as origens exatas do Tráfego Direto ainda são um mistério para quem trabalha com marketing. Porém, existem algumas formas de minimizar esses erros de leitura do GA.

Confira algumas delas a seguir!

Utilize parâmetros identificadores nas URLs de suas campanhas

Para campanhas específicas, como disparo de emails ou anúncios em redes sociais, por exemplo, você pode adicionar parâmetros nas URLs de destino do seu site para garantir que o Analytics leia aquele tráfego com as fontes de origem corretamente.

O jeito mais fácil de construir uma URL com parâmetros corretamente é utilizando o Campain URL Builder, em que você pode selecionar as informações como quer que sejam lidas pelo GA.

Fique atento a mudanças repentinas nas fontes de tráfego do seu site

Canais).

Então uma das melhores formas de entender quando o seu GA está lendo o Tráfego Direto de maneira indevida é procurando por mudanças drásticas em todos os canais — e não só no Tráfego Direto.

Sabemos que  o Analytics pode interpretar algumas sessões como “Tráfego Direto” indevidamente.

Se você reparar que o tráfego de Referências (Referral) ou Orgânico, por exemplo, tiverem mudanças significativas ao mesmo tempo em que o Tráfego Direto, pode ser que aconteceu alguma mudança na leitura das visitas.

Por exemplo, veja só o gráfico abaixo:

Mudança de comportamento no gráfico de Referral do Google Analytics

Nele, podemos ver o tráfego de Referência (Referral) de um site. Podemos perceber que em um certo momento, houve uma mudança de padrão de comportamento do Tráfego de Referência.

Paralelamente a isso, os profissionais de marketing responsáveis pelo site em questão perceberam que o Tráfego Direto havia aumentado proporcionalmente.

Analisando a situação mais a fundo, percebeu-se que o site scrumalliance.org, que enviava um link ao site analisado, mudou a sua estrutura, alterando do protocolo HTTP para HTTPS.

Assim, o tráfego que era de Referência continuou chegando ao site, porém, o Analytics começou a interpretá-lo como Tráfego Direto. Nesse caso, foi necessário entrar em contato com os donos do site scrumalliance.org para editar o link para uma URL com parâmetros corretos.

Conclusão

Apesar de este ser um tópico muito recorrente entre os profissionais de marketing, ele não tem uma solução perfeita e uma resposta exata do Google.

Porém, o que deve ficar de aprendizado é para que você não deve simplesmente interpretar o Tráfego Direto como “aquele quando um usuário digita o seu site direto no buscador ou salvou a página nos Favoritos”.

Como vimos, o Tráfego Direto pode ser, na verdade, muito mais do que esta simples interpretação.

Por isso, o mais recomendado é estar sempre de olho em alterações no padrão de tráfego no relatório de Canais de Aquisição do seu site e, sempre que possível, utilizar parâmetros nas URLs de campanhas específicas, para evitar erros de interpretação do Google Analytics.

Você já teve alguma situação em que notou que o Tráfego Direto era, na verdade, um erro de interpretação do GA? Deixe um comentário abaixo com sua experiência no assunto!

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